Cores
As três cores do São Paulo foram definidas na fundação do clube, em 25 de janeiro de 1930, e são rigidamente definidas. Imutáveis: vermelho, branco e preto, as mesmas cores dos integrantes de sua fundação. O vermelho representa aqueles vindos do CA Paulistano e, o preto, os sócios da AA das Palmeiras. O branco era comum a ambos.
As cores também são as representantes do Estado de São Paulo, como dizem os estatutos do clube:
“As cores do São Paulo Futebol Clube são as da bandeira paulista, vermelha, branca e preta”
Escudo
O coração de cinco pontas do Tricolor nasceu poucos dias após a fundação de 25 de janeiro de 1930. O escudo foi desenhado para um concurso interno pelo estilista alemão Walter Ostrich (popularmente conhecido como Oliver), com a colaboração de um dos fundadores do clube, Firmiano de Morais Pinto Filho.
Seu formato é único, e era, até então, inédito. Não se conhece registros de emblema similar antes de 1930. Desde então, inúmeros clubes – alguns até mesmo mais antigos que o São Paulo -, passaram a utilizar figura semelhante.
Oficialmente, o coração de cinco pontas tricolor é assim definido pelo Estatuto Social do clube, de 2008:
“O Emblema é composto por um triângulo isósceles com o lado superior maior encimado por um retângulo, com altura equivalente à metade da lateral do triângulo, fundo preto e as letras SPFC, tipo mensageiro “courrier”, em branco. No interior do triângulo acima descrito, uma faixa branca central com ¼ da lateral menor, ladeado por um triângulo retângulo escaleno vermelho e outro preto, nessa ordem”.
Até os anos 1980 o acrônimo era pontuado: S.P.F.C. Desde 1984, porém, o coração de cinco pontas são-paulino estampa apenas SPFC, sem pontos. Esta e outras pequenas alterações ocorreram em publicações oficiais e em camisas ao longo do tempo, sem que, todavia, representasse alteração oficial nas linhas estatutárias.
Escudo oficial disponível para download: clique aqui
Estrelas
As estrelas não são partes integrantes do emblema do clube. Na verdade são insígnias sobrepostas a ele na bandeira e nos uniformes do time, como condecorações previstas no Estatuto do clube.
As estrelas douradas (ou amarelas) são adicionadas desde 1952 a cada marca, título mundial ou olímpico de esportes considerados olímpicos. A reforma estatutária de 2000 instituiu as estrelas de cor vermelha, que correspondem a títulos de mundial interclubes ou equivalente.
Assim, as três estrelas vermelhas do manto são-paulino representam os títulos mundiais conquistados pelo Tricolor em 1992, 1993 e 2005, enquanto as duas estrelas douradas homenageiam os recordes mundiais do salto triplo atingidos por Adhemar Ferreira da Silva em 1952 (Olimpíadas de Helsinque) e 1955 (Jogos Panamericanos)
Inicialmente o uso das estrelas era restrito à Bandeira Oficial e aos uniformes de esportes amadores. Somente a partir de 1996 as estrelas de Adhemar Ferreira da Silva passaram a figurar também nos trajes de futebol profissional. Em 2000, as recém-instituídas estrelas vermelhas referentes aos Mundiais Interclubes de 1992 e 1993 passaram a integrar o uniforme e a bandeira do Tricolor. A conquista do Tri-Mundial foi acrescentada em janeiro de 2006.
Bandeira
“A Bandeira do SPFC é de cor branca, tendo três faixas horizontais, vermelha, branca e preta, nessa ordem, e no centro da mesma o Emblema. A largura das faixas vermelha e preta terão o dobro da faixa branca, obedecendo a mesma proporção referida no uniforme número 1”.
Durante sua história, a bandeira do São Paulo permaneceu quase sempre intocada, embora inicialmente não existissem normas estatutárias tão rigorosas que a regessem, como agora. Suas principais modificações ocorreram devido aos acréscimos de estrelas.
O exemplo mais incomum de bandeira já utilizada pelo Tricolor foi o modelo hasteado na inauguração do MorumBIS, em 2 de outubro de 1960, em que as estrelas douradas eram situadas na parte superior do quadrilátero, próximo ao mastro.
Uniforme
Como seu distintivo, o uniforme principal são-paulino é único em sua origem, e inspirado nas camisas utilizadas pelo CA Paulistano e pela AA das Palmeiras. O primeiro vestia camisa e calções brancos, além de um cinturão vermelho. Já o segundo tinha o uniforme quase que inteiramente branco, com apenas uma faixa preta à altura do peito. Dessa união nasceu a combinação de faixas vermelha, branca e preta da camisa nº 1 do Tricolor.
Sabe-se que o conjunto foi confeccionado em 1930, na loja Esportes Moura, pelo conselheiro Mourinha, com uma única diferença do modelo atual utilizado pelo São Paulo: as meias eram pretas, com faixa branca na parte superior. Foi assim até 1944, quando o meião branco passou a ser a regra.
UNIFORME Nº 2
Somente dois anos mais tarde surgiria o uniforme nº 2 do clube. A camisa listrada verticalmente em vermelho, branco e preto apareceu pela 1ª vez ao público no dia 29 de maio de 1932, quando o Tricolor venceu o Santos por 4 a 0. Antes disso, mesmo em jogos como visitante contra adversários que vestiam camisas brancas, o São Paulo também atuava de branco.
Além disso, somente em 9 de julho de 1933, quando o São Paulo venceu o Santos por 4 a 1, é que a camisa nº 2 passou a levar o emblema do São Paulo no peito. Antes disso, a camisa era desprovida de escudo.
O conjunto original (camisa listrada, meias e calção branco) foi alterado em 1996, quando a FIFA adotou critérios mais restritivos quanto a times usarem peças do uniforme com a mesma cor. Nasceram assim o meião e o calção vermelhos, que pouco duraram, sendo substituídos, no mesmo ano, pelo jogo de cor preta.
Mascote
Chamado ‘Santo Paulo’ para não se confundir com o nome do clube, o simpático velhinho de barbas brancas eternizou-se como mascote do São Paulo por meio de cartuns publicados no jornal A Gazeta, nos anos 1940.
Ao longo da história, não há qualquer desenho ou traço do ‘Santo Paulo’ considerado oficial. Vários cartunistas já deixaram sua marca em desenhos do “vovô tricolor”.
Paulo, nascido Saulo (Saul) por volta do ano 10 d.C. em Tarso, na região da Cilícia, Turquia, é considerado o pai do cristianismo, príncipe dos apóstolos e apóstolo dos gentios. O responsável pela expansão das palavras de Jesus ao mundo. Mártir, fora decapitado em 64 d.C em Roma, a mando de Nero. Seu túmulo se encontra na Basílica de São Paulo Extra-Muros, na Via Ostiense.
O dia 25 de janeiro foi consagrado em sua honra. Daí, quando da fundação de uma vila, à essa data, no ano de 1554, às margens do rio Tamanduateí, a localidade ter sido batizada em seu nome: São Paulo de Piratininga. 25 de janeiro é também a Data Magna do São Paulo Futebol Clube.
Hino
O hino oficial do São Paulo Futebol Clube foi criado em 1936, pelo então tenente José Porphyrio da Paz quando ele e o clube que ajudara a reconstruir passavam por dificuldades. Porphyrio e a família chegaram a ser despejados de sua casa, pois o tenente investia muito do que possuía no Tricolor.
“Quase tudo que recebia ia para o clube. Quando fui avisado da perda da casa, fiquei desolado. Andava de um lado para o outro, sem saber o que fazer. Mas o amor pelo São Paulo foi maior e, ao invés de desistir, comecei a cantarolar: ‘Salve o Tricolor Paulista’ e compus o hino do clube. Foi cantando o hino que eu e minha família deixamos nossa casa“.
O original composto por Porphyrio só foi oficializado pelo clube em 22 de abril de 1942, e passaria por algumas modificações políticas, até ser aprovado em sua forma atual pelo Conselho Deliberativo no dia 29 de abril de 1966. Na mesma ocasião o autor doou ao São Paulo seus direitos sobre a música, que está registrada na Seção de Direitos Autorais da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Hino do São Paulo Futebol Clube
Salve o Tricolor Paulista
Amado clube brasileiro
Tu és forte, tu és grande
Dentre os grandes, és o primeiro
Coro:
Oh Tricolor
Clube bem amado
As tuas glórias
Vêm do passado
São teus guias brasileiros
Que te amam ternamente
De São Paulo tens o nome
Que ostentas dignamente
[Coro]
São Paulo, clube querido
Tu tens o nosso amor
Teu nome e tuas glórias
Têm honra e resplendor
[Coro]
Tuas cores gloriosas
Despertam amor febril
Pela terra Bandeirante:
Honra e Glória do Brasil
[Coro]
O primeiro hino
O hino criado por Porphyrio da Paz não foi o primeiro da história do São Paulo FC. Tal como os uniformes, outra canção também surgiu em 1930, nos tempos da Floresta:
“O São Paulo – Em São Paulo – Pelo Brasil”
Heroi São Paulo, sereno e forte,
Que tens valor e que tens poder,
És dessa elite que soe vencer,
So tens sucesso a própria sorte!
São Paulo, clube, tu és o heroi
Da Pauliceia, que ao teu sorrir,
O teu futuro verás surgir
Da fama que o tempo não destroi!
És o orgulho do Brasil,
Por teu escol que jamais falhou,
O teu nome já vibrou
No mundo além deste céu de anil!
São Paulo, tens o fulgor,
O brilho ardente de um grande sol,
São os louros do Tricolor,
São as glórias do teu primoroso escol!”
Download de versões do hino
Hino do São Paulo
Hino do São Paulo – Guitarra
Hino do São Paulo – Instrumental
Hino do São Paulo – Japonês Pop-Rock
Hino do São Paulo – Japonês Tradicional
Hino do São Paulo – Japonês
Hino do São Paulo – Nasi e Dinheiro Ouro Preto
Hino do São Paulo – Remix
Hino do São Paulo – Rock
Hino do São Paulo – Ultraje A Rigor
Hino do São Paulo – Violino
Partitura:
Grito de Torcida
O São Paulo também possui um grito de torcida considerado oficial. Foi muitas vezes cantado após a locução da escalação da equipe antes de jogos no Pacaembu, nos anos 1940, e retratado posteriormente nos anos 60 na música “Bola no Barbante”, de Antônio Bruno Rocha Zwarg e Oswaldo Moles. Por fim, foi resgatado em 2009 no CD infantil de Hélio Hélio Ziskind, Coração de Cinco Pontas.
Nos tempos da Floresta
Uáique Páique-Cháique
Uáique
Uáique Páique-Cháique
Uáique
Tchen-Gô-Tchen-Gô
Rá-Rá-Rá
Após 1935
Arakan – balan – bakan
arakan – balan – bakan
Tumerê – Tumerá
Ma-cam-bê Bê-cam-bê-cá
Rico-réco Rico-rá
Rá – Rá – Rá
São Paulo!
São Paulo!
São Paulo!